quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Migração (como as das aves)

Pessoal,
Comunico que de agora em diante meu blog estará incluído em meu site, http://www.terezasayeg.com.br/ .Por favor, visitem-me e deixem seus comentários lá.
Estou feliz por já ter alguns interlocutores, e espero que se transforme em um espaço aberto para intérpretes e não intérpretes alike, de gente interessada na profissão, em línguas, etc.
Também gostaria de animá-los a olhar o blog: http://www.por1brasilmelhor.com.br/ .
É um blog de um grupo de amigos preocupados com o presente e o futuro da nação.
Embora ainda não tenha contribuído muito para o blog, pretendo fazê-lo de agora em diante.
Abraços e vamos em frente!

segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Digressões e mais digressões

Estou ficando "preguiçosa" para escrever. É que tenho trabalhado muito! No começo do mês, tive o que chamo de "semana francesa": vários dias trabalhando com uma empresa francesa e depois com um pensador do marketing do luxo, também francês. É impressionante como o conteúdo dos trabalhos varia. E os franceses têm algumas características próprias que eu adoro!
Depois disso, foi a semana do imobiliário: o Congresso Internacional da Associação Brasileira dos Shopping Centers e coisas afins.
Realmente, é um privilégio estar a par de tantas coisas bacanas que acontecem por aí. Infelizmente não posso entrar muito em detalhes, pois muita coisa é confidencial. Mas sem dúvida a profissão tem esse caráter generalista e também de estar sempre "na crista da onda".
Abraços a todos, pois já é hora de dormir!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Há quanto tempo!

NOSSA! Dei-me conta de que não escrevia há muito tempo! É que a vida anda corridíssima, com trabalho inclusive aos fins de semana. E com muita variedade de línguas, temas, etc., o que complica um pouco mais nossa vida, pois há que estudar, ver glossários, essas coisas.
Amanhã, por exemplo, vou traduzir um grande educador espanhol. Mas como já fiz várias coisas relacionadas à educação, acho que vai ser mais "light"...
Hoje foram dois uroginecologistas (um chileno e um argentino) falando de prolapso do útero, incontinência urinária e os novos métodos para correção desses problemas. Com direito a cirurgias na tela, etc. Nem sempre eu consigo olhar.
Enfim, acho que a cronologia belga com a continuação do início de minha vida na Bélgica e de meu trabalho para as instituições européias vão ficar para uma próxima...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Cronologia e atualidade

É difícil ater-me à cronologia, com tantas coisas acontecendo ao mesmo tempo. Na semana passada, por exemplo, depois de um dia falando de gerenciamento de projetos, à noite acabei no evento Yoga para a Paz, organizado por minha ex-colega de colégio Márcia de Lucca, a quem não via há muito tempo, com um guru indiano explicando o que é o darma, etc. Fizemos até uma meditação em cabine, e acho que depois do relaxamento cheguei a dormir... Mas o cômico foi o contraste... Bem, coisas desta profissão. Nesta segunda, já falei de indicadores de qualidade em Inglês e de Semiótica em Francês (nessas horas a formação em Filosofia ajuda!).
Mas voltando à vaca fria, ou melhor, a Bruxelas: lá cheguei com minhas malinhas. Tinha reservado um hotel daqui e quando o motorista de táxi ouviu o endereço, disse-me que não era lugar para moças de família. Com isso, acabou me levando a um hotel perto da sede da Comissão, o famoso edifício Berlaymont, construído sobre um antigo convento das Cônegas de Santo Agostinho, da mesma congregação dos colégios onde estudei por aqui.
O hotel, que já não existe mais, chamava-se Archimède, em homenagem à rue Archimède. Passei lá a noite e no dia seguinte saí para procurar um banco para trocar dinheiro e pagar o hotel (tempos heróicos, aqueles, onde quase não se usava o cartão de crédito). Lá ouvi duas moças conversando em Português com um dos caixas, um senhor de Cabo Verde que acabou ficando meu amigo. E eles me deram o endereço de um aparthotel, obviamente muito mais adequado para estadias mais longas (e mais barato também). Tive sorte e arranjei um flat naquele dia mesmo! Começava bem um dos melhores períodos de minha vida.
Em seguida, fui tentar marcar uma entrevista com minha conhecida e agora amiga Catriona White.
Como não tinha transferido meu domicílio profissional para Bruxelas, demorei um certo tempo para começar a trabalhar. Cerca de seis semanas, se não me engano. Mas depois disso comecei a trabalhar praticamente todos os dias até o final do semestre.
Logo, logo conto mais.

domingo, 10 de agosto de 2008

Volta à cronologia

Só hoje dei-me conta de que não escrevia há muito tempo. Bem, confesso que o fato de não haver comentários também me desanima um pouco.
Mas voltando à cronologia: desanimei com as poucas perspectivas imediatas em Bruxelas, e decidi voltar ao Brasil. Só que a situação por aqui tampouco ia bem. Foi a famosa década perdida de 80, em que o Brasil - depois de um crescimento extraordinário na década de 70 - começou a patinar. Inflação, ou melhor, estagflação, que é o pior dos mundos: inflação sem crescimento. Quem tinha dinheiro em aplicações ainda conseguia defender-se, mas eu comecei a achar que não havia futuro para minha geração. Trabalhava muito, sobretudo com traduções escritas, sempre "para ontem", mas achava que não chegaria a lugar algum. Trabalhava fins de semana, varava noites, mas não me convencia. Assim, comecei a acalentar a idéia de ir-me embora. Custou, pois não é fácil simplesmente fazer suas malinhas e ir, mas foi exatamente isso que eu fiz.
Fiquei sabendo que a Comissão e o Parlamento estavam precisando de intérpretes de língua portuguesa, e fui até Bruxelas em 1985 para ver como estava a situação. Disseram-me que já havia muitos brasileiros no staff, e que só poderiam me contratar como free-lance. Isso me desanimou um pouco, pois havia toda a questão de autorizações de residência, etc., mas decidi ir tentar a sorte. Assim, num belo dia 10 de janeiro de 1988 embarquei para Bruxelas, sem conhecer lá mais que meu ex-namorado - que nesse meio tempo tinha se casado com outra - e Catriona White, que foi muito generosa comigo e me convidou para várias coisas logo que cheguei lá.
Mas isso é uma outra história que fica para uma outra vez...

terça-feira, 29 de julho de 2008

Estar "antenado" é fundamental para o intérprete

Outra reunião instigante: as muitas coisas que se podem fazer com cartões de crédito, novas formas de pagamento, etc.
Os clientes ficaram satisfeitos por eu conhecer o jargão dos cartões de crédito. Por sorte eu já trabalhei para esse setor, e acabamos por aprender muita coisa e memorizar o vocabulário. Há muita interligação entre as coisas, e o intérprete tem de estar "antenado" (como se diz atualmente), pois nunca se sabe o que pode aparecer. Mas às vezes as coisas são tão modernas que nem sequer há jargão para elas em Português.
Prometo voltar à cronologia qualquer dia destes, mas voltando à vaca fria, é importante ler sobre vários setores, Política, Economia, Medicina, etc., etc
Eu ultimamente leio até o Suplemento Agrícola, pois nunca se sabe...

terça-feira, 22 de julho de 2008

Pensando o futuro

Bem, vamos mal de cronologia, pois hoje quero falar de uma reunião que iria traduzir. Digo iria, pois apenas comecei. Depois os participantes se sentiram à vontade para continuar sem os fones. Mas quero falar da reunião, pois foi muito interessante. Discutiram os rumos da indústria automobilística, e como o preço do petróleo está fazendo os consumidores mudarem seus hábitos. Assim, a indústria automobilística terá de se adaptar a essas novas exigências dos consumidores, se quiser sobreviver nestes tempos conturbados.
Mas o que me pareceu realmente interessante é ver as pessoas pensando já o futuro, sonhando com possibilidades em que nem pensávamos há pouco.
O bacana dessa profissão é sobretudo isso: estar realmente na crista da onda em vários setores,
e participar - nem que seja minimamente - da construção de um futuro melhor.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

Terceira digressão

Hoje coloquei uma nova foto no blog, de uma reunião que ocorreu precisamente há um ano, entre o Presidente Lula e o Presidente do Comité Econômico e Social Europeu, Sr. Dimitris Dimitriadis.
O Comité Econômico e Social Europeu, um dos órgãos consultivos da União Européia (um dia explico como funcionam todos os órgãos, a Comissão, o Parlamento, o Conselho de Ministros), tem se interessado muito pelo Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social do Brasil, desde sua fundação em 2003. Naquela época, aliás, veio toda uma delegacão do CESE para a inauguração do CDES brasileiro. E lá estive eu, fazendo tradução consecutiva do discurso do então presidente,
Sr. Roger Briesch, sindicalista francês, na cerimônia de inauguração, e depois cochicho para o Presidente Lula em uma reunião particular entre a delegação européia e alguns altos funcionários do governo. Enfim...
Mas me lembrei dessa data também porque foi o dia do acidente do avião da TAM, que causou tantas vítimas. Eu estava em Brasília, no hotel, descansando depois da reunião e me preparando para o jantar quando ouvi na CBN ou outra TV estrangeira algo sobre o acidente. Mas como se via o letreiro do prédio da TAM, ninguém estava entendendo o que tinha acontecido. Depois resolvi mudar para um canal nacional e só aí que me dei conta da tragédia. Confesso que perdi completamente a fome.
Um pensamento então para as vítimas e suas famílias, neste dia que para elas é tão triste.

sexta-feira, 11 de julho de 2008

Segunda digressão

Bem, quase uma semana para escrever. Há uma explicação: como sempre, muito trabalho, pelo menos na segunda e na terça, puxadíssimo! Saímos os quatro intérpretes "esbodegados" devido às longas horas, mas com a sensação do dever cumprido e com um feriado pela frente (9 de julho, revolução onde sei que participaram de alguma forma dois de meus tios irmãos de papai, os paulistíssimos Tufi e José Sayeg. Não sei bem em que: acho que foi na intendência, mas mesmo assim orgulho-me da participação deles. Ativismo político pelo visto é mal de família...).
Então vamos voltar à cronologia:
em Monterey, onde devia passar três meses mas acabei ficando seis, para aperfeiçoar não somente o Inglês, mas também Francês e Espanhol, sofri bastante a princípio, pois não tinha nenhuma aula em Português, e para fins do estudo consideravam meu Inglês como sendo A, ou seja a língua materna, o que não era nem um pouco verdade. Mas aprendi muito. Tinha um monte de aulas, desde tradução escrita, a tradução à vista - tradução de textos na hora em voz alta, consecutiva, simultânea. Só pensávamos nisso. E tinha professores muito bons, que me deram excelentes ensinamentos sobre traduzir de uma língua latina ao Inglês, muito mais conciso e direto. Foi uma temporada muito boa. Além de tudo, arranjei um namorado americano, colega do curso, com uma combinação de línguas diferente da minha, pois ele falava alemão.
Daí que concluídos os seis meses e depois de um mês tentando arranjar um emprego nos vários organismos internacionais de Washington sem sucesso, voltei ao Brasil com a promessa de encontrá-lo na Bélgica em começo de 1982. Queríamos ambos tentar trabalhar para a Comunidade Econômica Européia, como se chamava na época.
Voltei ao Brasil e comecei a trabalhar com bastante sucesso. Comecei a tomar realmente gosto pela coisa e a ganhar dinheiro, o que também é bom.
No início de 1982 lá fui eu para Bruxelas. A temperatura estava a 14 graus abaixo de zero (o que é raríssimo por lá, diga-se de passagem) e não conhecíamos ninguém.
Fui conversar com uma pessoa encarregada da seleção e contratação dos freelance (outra pessoa que continua minha amiga até hoje, a escocesa Catriona White) e ela me disse sem rodeios que o Português na época não era prioritário. A Grécia tinha acabado de aderir - em 1981 - e provavelmente Espanha e Portugal iriam levar ainda alguns anos. Mas, de qualquer maneira,
como iria haver um teste em breve, que me chamariam para fazê-lo.
Fiquei meio aborrecida, mas achei que não custava tentar. E toca ouvir a BBC e tudo o que eu pudesse em Francês. Lembro-me de ouvir muito sobre a Guerra das Malvinas (ou das Falkland, pois eu as ouvia na BBC). E lembro-me também quando minha mãe me telefonou aos prantos, perguntando: "Sabe quem morreu?" Fiquei assustadíssima, mas também aliviadíssima quando ela disse que era a Elis Regina. Eu pensei que tivesse sido alguém da família...
Finalmente chega o grande dia. Fui tremendo feito vara verde, pois havia uma banca examinadora enorme. E lembro-me até hoje do texto da prova em Inglês, feito pelo então chefe da cabine inglesa, Tony Scott. Falava em rapé (snuff, em Inglês) e terminava por um trocadilho:
"Take snuff or snuff it", que queria dizer algo como "Tome rapé ou morra"... Por sorte, como eu leio quase tudo que me cai nas mãos, tinha lido sobre os "snuff movies", filmes em que há violência real... Enfim, depois de muito nervoso, fiquei felicíssima em saber que passara.
Só que eles me disseram que eu teria quando muito dois ou três dias de trabalho por mês. Ora, parecia muito pouco. E os dois lá sozinhos... Fiquei meio com medo e acabei voltando para o Brasil. Mas essa ida a Bruxelas teria consequências alguns anos mais tarde...

sábado, 5 de julho de 2008

Primeira digressão

Olhem só que interessante. Hoje estive num seminário internacional sobre Lacan, bem interessante por sinal. Mas depois de seis horas de um trabalho dificílimo - quem conhece um pouquinho de psicanálise sabe do que estou falando - num sábado à tarde até as 20:45 da noite,
quando terminou a última sessão e vieram os costumeiros agradecimentos, nem uma palavra de agradecimento às intérpretes. Eu resmunguei qualquer coisa, ao que minha colega respondeu:
"Somos invisíveis!" Pois é... Só confirma minha intuição inicial e a correção do título deste blog.
Mas ela acrescentou: "Eu acho ótimo!" E fiquei a pensar. Não sei se acho tão ótimo assim.
Sou razoavelmente tímida e tampouco gosto de fazer consecutiva, por exemplo, onde o intérprete fica muito mais em evidência. Mas entrar e sair sem que quase ninguém venha falar conosco é também meio chato, reconheço.
Enfim, nesta semana continuarei com a cronologia! Bom domingo a todos!

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Vidainvisiveldointerprete

Segunda postagem em meu blog (que emoção!). Por onde começar?? Pelo começo? Ou seja,
desde quando me interesso por línguas (Português e outras?).
Bem, acho que sim. Comecei a estudar Inglês e Francês aos 8 anos de idade, no Externato Elvira Brandão. Até hoje lembro-me dos cabelos brancos e ralos da professora de Inglês, que acho que se chamava Helen qualquer coisa e que nos distribuía reguadas para valer, e da calma professora de Francês, Eliane de Gaumont, ou algo no gênero.
No ginásio, continuei a ter Inglês e Francês, mas "alguma coisa aconteceu em meu coração" (parafraseando o Caetano), quando ouvi os Beatles pela primeira vez. Daí a querer compreender as letras foi um passo rápido. E, de volta de uma viagem para a Europa naquele estilo "Hoje é terça, isto deve ser a Bélgica", apaixonei-me perdidamente pela Inglaterra e caí direto na Cultura Inglesa, onde o diretor, Tony McCullough, me pôs no quarto ano. Divertíamo-nos para valer quando ele lia em voz alta a peça Androcles and the Lion, do Bernard Shaw, e onde ele fazia o Androcles, a mulher do Androcles, o leão, todo mundo.
Concluí o curso com 18 anos e passei no Cambridge Proficiency Exam. O Francês continuava na escola, onde nos ministravam os cursos externos da Aliança Francesa. E a faculdade? Não pensei em línguas, pois eram uma espécie de hobby. Fui fazer Filosofia no Sedes Sapientiae, na época ainda das Cônegas de Santo Agostinho e depois encampado pela PUC. Eu adorava Filosofia e nunca me arrependi de minha opção, mas já pelo segundo ano estava preocupada com o lado prático de como ganhar a vida. E foi aí que comecei a dar aulas de Inglês no Cel-Lep, depois de um curso intensivo de Inglês em Londres, para reciclagem. Além do Inglês, tinha voltado a estudar Francês na Aliança, pois na época muito livros de Filosofia não eram traduzidos para o Português, e acabávamos lendo muito em Francês. Para não falar de muitos filósofos contemporâneos franceses, como Foucault, Deleuze, etc.
Bem, a essas alturas, terminando a faculdade, fiquei meio cansada de dar aulas. Comecei a fazer "bicos" como recepcionista em congressos, e via passar as intérpretes, que granjearam minha admiração. "Troço difícil", eu pensava. E como sempre gostei de desafios, achei que era isso que eu queria fazer.
Não me lembro bem como, acabei sabendo do curso de Tradução e Interpretação da Associação Alumni, na época ministrado por Angela Levy e Clare Charity. Passei no teste e comecei a fazê-lo, encantada da vida. Primeiro, tomei um banho de humildade: a gente pensa que sabe ambas as línguas, mas chegada lá, levei cada susto e cada surpresa! Foi um exercício intelectual muito interessante e estudávamos para valer. Além disso, valeu-me várias amizades que perduram até hoje: as próprias Angela e Clare e uma de minhas melhores amigas, com quem comecei a trabalhar, Stella Meyer. A Stella é um talento natural para a interpretação. Já eu suava frio,
ficava insegura, gaguejava. Enfim, foi na base de muito trabalho que consegui fazer alguma coisa em cabine.
Mas continuava insatisfeita, e aí decidi passar uns tempos nos Estados Unidos, para melhorar meu ouvido, visto que havia aprendido Inglês na escola e precisava de mais vivência na língua.

terça-feira, 1 de julho de 2008

1 de julho de 2008

Quando o Alessandro, meu Webmaster, sugeriu que eu escrevesse um blog, pus-me a pensar.
Quem se interessaria pela vida de um intérprete? Em geral somos ouvidos e - quase nunca - vistos. Mas de repente comecei a pensar em minha própria vida, em tudo o que fiz, nos lugares onde estive, nas pessoas que traduzi e traduzo, nos congressos médicos de tantas especialidades, onde sempre ficamos a par dos últimos avanços da ciência, e pareceu-me privilegiada, de muitos pontos de vista.
Vivi na Europa por dez anos, falo cinco línguas, fiz montes de amigos, viajei e viajo muito...
Só por isso já terá valido a pena ter escolhido essa profissão.
É claro que às vezes cansa, e muito. Ficar horas a fio fechada num lugar escuro e apertado, muitas vezes insuportavelmente quente, sob uma pressão tremenda, nem sempre é agradável.
Por isso aos fins de semana vou ao parque andar, ver verde, ouvir passarinhos e ter um pouco de silêncio à minha volta.
Mas apesar de tudo isso estou convencida de que valeu e vale muito a pena ter escolhido essa profissão.